Objetivo é oferecer um destino adequado ao produto e evitar a contaminação do ambiente
O Departamento Municipal de Meio Ambiente e a secretaria da Agricultura orientam a população a participar do programa de coleta do óleo de cozinha usado. Em vez de lançar o produto nas pias e nos ralos das casas, causando a contaminação da água e do solo por meio da rede de esgoto, a iniciativa tenta conscientizar a comunidade a dar destino correto à substância.
Hoje os pontos de coleta do produto estão situados na Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, Restaurante Groders & Schmitz, junto ao Posto Tuia, e Escola Municipal de Ensino Fundamental João Batista de Mello.
A orientação é de que as pessoas filtrem o produto e armazenem em garrafas pet antes de depositá-lo nos tonéis para evitar vazamentos. A campanha tem a parceria da Ecoóleo Soluções Ambientais, de Arroio do Meio, responsável pelo recolhimento e destinação do material.
Conforme a bióloga Camila Doebber, o óleo de cozinha quando jogado fora de forma imprópria, geralmente na pia, pode gerar grandes impactos ambientais. “Cada litro pode contaminar cerca de 20 mil litros de água”, observa.
Segundo Camila, o resíduo ao chegar nos rios fica na superfície da água e cria uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação. Ao ser despejado na terra, impermeabiliza o local, impede a penetração das chuvas e contribui para ocorrência de enchentes. Além disso, a decomposição do óleo emite metano à atmosfera, gás que contribui para o aquecimento terrestre.
Nos esgotos pluviais e sanitários, o óleo mistura-se com a matéria orgânica, ocasionando entupimentos em caixas de gordura e tubulações. Quando lançado diretamente em bocas-de-lobo, o óleo provoca obstruções, inclusive retendo resíduos sólidos.
“Fazia sabão em casa”
O empresário Charles Schmitz destinava cerca de 30 litros de óleo de cozinha usado, oriundo de frituras no restaurante, para a produção de sabão. Segundo ele, era a única alternativa para evitar que o resíduo fosse jogado em locais inapropriados. “É uma ótima iniciativa. Agora a população terá um local adequado para depositar e com a certeza de que ele não prejudicará o meio ambiente”, destaca.
Consciência ambiental
Conforme a diretora da escola Municipal de Ensino Fundamental João Batista de Mello, Adriana Meneghini Lermen, despertar a consciência ambiental é de suma importância, pois “os nossos alunos são os adultos de amanhã”.
Segundo ela, as atitudes deles, em relação à preservação do meio ambiente, serão decisivas para a sobrevivência e a qualidade de vida de seus descendentes.
Para enfatizar a importância do tema, os alunos realizam trabalhos desde os anos iniciais. Já na disciplina de Ciências, participam da Oficina de Educação Ambiental.
Ressalta ser fundamental o exemplo dos pais. “A separação do lixo, o uso consciente de embalagens, o reaproveitamento. O apoio da família nas ações propostas pela escola fará com que as mesmas sejam seguidas pelos alunos”, entende.
Para Adriana, a consciência ambiental se constrói pela valorização do meio em que se vive. “Dependemos diretamente da natureza e por este motivo temos que preservá-la e conscientizar as nossas crianças da importância da mesma para sua vida e de tudo o que nos rodeia”, finaliza.
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